O
NOVE DE JULHO DE 1932
Por
João Paulo Martino
Nove de julho é a data inicial da
parte militar da revolução paulista, quando as forças constitucionalistas,
comandadas por Euclides de Figueiredo se rebelaram contra a ditadura de Vargas.
O descontentamento dos paulistas com o
governo Vargas vinha se agravando dia a dia. A revolução tornava-se inevitável.
Os líderes da política paulista se reuniram então na casa do pedeísta Cesário
Coimbra, decidindo marcar o início da Revolução para o dia 20 de julho,
dependendo de um último aviso.
No entanto, um fato inesperado
antecipou a revolução para o dia 9 de julho, na manhã do dia 8 de julho o novo
ministro da guerra reformou o comandante militar de Mato Grosso Bertholdo Klinger.
Foi o estopim para o início da Revolução
Constitucionalista.
Neste mesmo dia, improvisou-se uma
reunião na capital paulista, decretando-se a antecipação da guerra para o dia
9.
A cidade transformou-se, passava da
vida pacata para a mobilização militar. Todos procuravam se informar
rapidamente dos últimos acontecimentos, quer através do rádio, quer através dos
jornais.
Rapidamente organizaram-se serviços de
apoio ao soldado, destacando-se as oficinas de costura (onde voluntárias
confeccionavam os uniformes militares), cozinheiras que preparavam lanches para
alimentar o soldado nas trincheiras, etc.
A indústria também se mobilizou e
auxiliada pela Escola de Engenharia, tentou suprir as deficiências bélicas de
São Paulo perante o resto da federação. Dentre as organizações que lutaram em
prol da causa paulista, não poderíamos deixar de citar a organização
paramilitar conhecida como MMDC.
Das campanhas de arrecadação de fundos
para a causa paulista, destacou-se a CAMPANHA
DO OURO PARA O BEM DE SÃO PAULO, que atingiria no final da guerra o número
de 80.000 doações no valor de 4.500$000.
A guerra duraria 3 meses, onde os
paulistas, vendo-se militarmente inferiorizados e politicamente isolados,
acabaram por pedir rendição nos primeiros dias de outubro de 1932.
Vargas nomearia então um novo
interventor e no ano de 1934 a Constituição seria elaborada.
São Paulo jamais esqueceu aqueles dias
tumultuados de 1932, a cada nove de julho, o tradicional desfile convoca os
velhos revolucionários para a parada solene. 81 anos lá se vão.
*Para conhecer um pouco mais sobre a
Revolução de 1932 adquira o e-book 1932: São Paulo em armas à venda na
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Época em que se dava a vida por um ideal patriótico. Hoje só lamentamos as mas escolhas de nossos supostos representantes.Que as vidas perdidas tenham sido recompensada pelo nosso Pai maior
ResponderExcluirÀs famílias afetadas gratidão eterna!