terça-feira, 30 de abril de 2013


23 de maio de 1932
Por João Paulo Martino
Os acontecimentos do dia 23 de maio de 1932 deixaram marcas profundas na história de nosso Estado. A despeito disso e de um modo geral, a população pouco sabe sobre aqueles fatos ocorridos em São Paulo, movimento que ficou conhecido como Revolução Constitucionalista. 

Por volta das 23 horas, alguns populares atravessaram o Viaduto do Chá em direção à sede do PPP (Partido Popular Paulista), localizada na Rua Barão de Itapetininga, 70. O PPP era formado em grande parte por membros da antiga Legião Revolucionária (aliados de Vargas).
Ao chegarem à sede do partido, ouviram-se tiros, não se sabendo se partiram da população ou por parte dos antigos legionários.
Rapidamente improvisaram-se barricadas. Um bonde foi virado servindo de abrigo para alguns revoltosos. Na Praça da República, os rebeldes para facilitar o ataque, apagaram todas as luzes. Escadas foram colocadas no prédio sitiado na tentativa de invasão. Em uma dessas escadas, subiu o acadêmico Mário Martins de Almeida, conseguindo chegar a uma das janelas, sendo, no entanto, atingido em cheio por uma bala. Finalmente a polícia apareceu, ocupando a Avenida São João e as ruas transversais. As tropas do exército ocuparam a esplanada do municipal e parte da Rua Barão de Itapetininga. Ao se saberem cercados por tropas regulares, os antigos legionários renderam-se. Na saída do prédio, uma surpresa: os rebeldes eram apenas seis. Saldo final daquela noite: a morte de quatro paulistas Martins, Miraguaia, Dráusio e Camargo. Suas iniciais (MMDC) dariam nome a organização paramilitar que muito contribuiu para a organização dos soldados paulistas.

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